Saturday, February 19, 2005

Universal Pain

Astros divagantes de mel,
Por entre as brumas incógnitas
Do calor pálido do fim de tarde,
Que fica...
E a eterna voluptuosidade
Do azul do mar que é céu,
E da vida oxigenada por metamorfoses
Vaidosas e subitamente intragáveis...
Pelo entalado prisma temporal...
E chove veneno a tremer...
Da luz mística e anulada
Pelo nevoeiro de cadáveres a dançar,
E do peso do anzol viscoso...
O nojo e a repugnância do ser
Reflectido no lago da alma
Que faz espetar agulhas nos olhos
E queimar as orelhas de pedra...
E dói?...
Não... dor é aquela do passado
Que ainda dói hoje,
E que eu sei,
Que amanha irá doer...
Dor é aquilo que não tenho...
Amor é aquilo que não temo...

by Ivo Silva

1 Comments:

Blogger Mário said...

És um artista bro! Demais...edita um livro... :D ta fantastico o poema..
isto traduzido pa ingles...dava uma musica perfeita...eheh Jocas bouas :D...Abraço!

2:39 pm  

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